A comunidade de Filadélfia, localizada as margens
direita do igarapé Grande no extremo norte do
Bailique, foi fundada em 1989, porém, por volta
de 1930, a vila já era habitada. A comunidade
é pequena, tem 6 famílias e 13 que moram
ao longo do rio e que fazem parte da comunidade. No
início quando surgiu a Vila todos eram evangélicos,
os quais denominaram a vila de Filadélfia por
se tratar de um nome bíblico, que quer dizer
“lugar escolhido por Deus” ou “lugar
Santo”.
A comunidade tem um grande potencial paisagístico,
traduzido pelas suas belezas cênicas, como os
campos. Serve ainda de dormitório de aves migratórias
e reprodução de outras aves como, por
exemplo, os Guarás Vermelho (Eudocimus ruber).
Quando cai as primeiras chuvas já no mês
de janeiro e fevereiro, a comunidade presencia a chegada
dos guarás, que chegam em bando e invadem as
praias e pastos próximos a vila e enfeitam as
árvores de siriuba com suas cores vermelhas,
principalmente em dias chuvosos ou quando a maré
cobre as praias.
Entre outros atrativos, ocorre o fenômeno da pororoca,
que serve como divertimento para os moradores. Na época
da pororoca, crianças e jovens pegam suas canoas
e saem para enfrentá-la, algumas canoas não
resistem a força da pororoca e afundam, outras
conseguem se manter em equilíbrio e correm sobre
ela como se estivessem surfando. Março e setembro,
são os meses das maiores ondas.
No passado segundo informações dos Jovens
Pesquisadores, era possível encontrar peixe-boi,
os quais hoje não os são mais vistos.
Alguns problemas assolam a comunidade como a água
salobra que vem do oceano durante os meses de dezembro
a janeiro e invade os mananciais; outra situação
que ocorre é a mortandade de peixes, devido falta
de oxigênio e grande teor de matéria orgânica
nas águas; o sistema fluvial vem sofrendo com
o assoreamento do canal, comprometendo assim a navegação
e dificultando o acesso a comunidade.
Atividades como pesca, agricultura e pecuária,
se destacam como entre as principais, pois são
as que trazem o retorno financeiro para a comunidade.
A renda circula na própria comunidade e nas proximidades.
Voltar