Inauguração do insetário de entomologia
médica do Iepa
A inauguração do novo Insetário de Entomologia médica do IEPA vem fortalecer as pesquisas voltadas para o controle de vetores transmissores de doenças ao homem, como: malária, dengue, Chikungunya, Zica e outras doenças transmitidas por insetos.
O insetário do laboratório de Entomologia medica conta atualmente após a reforma com duas salas, uma cabine de segurança e um pequeno almoxarifado dos utensílios de rotina. Nas salas deste laboratório uma abriga as formas adultas destes insetos e outro as formas imaturas (ovo, larva e pupa).
Na área de adultos são mantidas diferentes colônias que apoiam estudos comportamentais, populacionais, de interação vetor-parasito, de susceptibilidade de populações naturais e de verificação de atividade de produtos larvicidas e adulticidas (controle de mosquitos adultos).
Em suas instalações são mantidas quatro colônias de culicídeos, consideradas referência de susceptibilidade a inseticidas: Culex quinquefasciatus, Aedes aegypti (população Rockfeller) e outra duas colônias para avaliação de resistência a inseticidas e biolarvicidas. Duas dessas colônias são de Anopheles. marajoara e Anopheles nuneztovari. Essas colônias têm grande importância no desenvolvimento das pesquisas do laboratório de Entomologia e dos estudos do Ministério da Saúde na avaliação de resistência aos inseticidas, sendo também utilizadas por outros departamentos e instituições de ensino e pesquisa.
Para complementar as atividades de criação dos insetos possuímos um espaço em área externa para avaliação de larvicidas biológicos, à base de Bacillus sphaericus (Bs) e de Bacillus thuringiensissorovar israelensis (Bti), e químicos, em testes de campo simulado.
Os insetos imaturos, principalmente as larvas são utilizadas para desenvolvimento de pesquisas relacionadas a suscetibilidade e resistência destes aos inseticidas químicos ou biológicos utilizados nos Programas de Saúde Pública e também atende as demandas tanto do Estado, quanto do Ministério da Saúde, podendo ainda atuar na iniciativa privada.
As instalações físicas seguem os “Parâmetros de Biossegurança para insetários e infectórios de vetores: aplicação e adaptação das normas gerais para laboratórios, definidas pela Comissão de Biossegurança da Fiocruz, que possui classe de risco NB 2 (2005)”. Desta forma, o insetário do IEPA passa a atender a demanda de pesquisas na biologia e controle de vetores e pode passar a integrar a recente rede criada pelo Ministério da Saúde para o estudo e monitoramento da resistência dos anofelinos aos inseticidas utilizados nos programas de saúde pública. Este é um novo passo que se pretende alcançar.
É meta da coordenação do laboratório de Entomologia Médica do IEPA a criação em laboratório do Anopheles darlingi, principal vetor transmissor de malária na região Amazônica, esta criação ainda não realizada em nenhuma instituição de pesquisa do Brasil, vai em muito auxiliar o conhecimento da biologia deste vetor e assim desenvolvermos metodologias mais eficientes para o seu controle.
A reforma e adequação do novo insetário do IEPA foram custeadas com recursos de projetos de pesquisa através de convênio de cooperação técnica com o IEPA e realizados por pesquisadores e técnicos do referido laboratório.
Dr. Allan Kardec Ribeiro Galardo
Pesquisador em Entomologia Médica – Coordenador do Laboratório
MsC. Clicia Denis Galardo
Especialista em Biossegurança e Responsável pelo insetário