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LIMÃO DO CURUÁ

Localizada ao sul do Arquipélago do Bailique, na Ilha do Curuá, a comunidade de Limão do Curuá está conhecida pelo conjunto de vestígios arqueológicos da época em que navegavam embarcações holandesas, inglesas e francesas pela região, que faziam o comércio de seus produtos em troca de matéria-prima (sementes), material já reconhecido pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN. O material é conservado na própria comunidade.

Assentada sobre a planície flúvio-estuarina, com áreas inundáveis, está sujeita aos processos de erosão e deposição sedimentar, o que já provocou a mudança da sede da comunidade.

A extração vegetal para utilização da madeira; o uso das plantas para fins medicinais, a agricultura de subsistência e a construção naval são atividades das quais as famílias se ocupam em desenvolver e abstrair renda. A comunidade foi atendida com o “Projeto Farmácia da Terra” (IEPA), onde as famílias com o incentivo técnico, fazem o cultivo das plantas medicinais. Na comunidade, as Parteiras Tradicionais estão presentes na vida de todos, pois a maioria das crianças e jovens nasceram das mãos de uma parteira. Elas adquiriram seus conhecimentos através de seus pais que aprenderam a conhecer as plantas e sua utilidade para fins curativos, muitas já repassaram o que aprenderam para suas filhas mantendo a tradição por gerações. Demonstrando esta importância, a escola da comunidade leva o nome de uma parteira, Maria José.

As estórias de visagens e encantamentos fazem parte do imaginário cultural da comunidade. Na época da Semana Santa e Dia de Finados os moradores não realizam trabalho algum. Os moradores mais antiga contam que, antigamente, quando se trabalhava nesses dias apareciam dentro da mata visagens e misuras. Como exemplo, contam que há muito tempo atrás o pai de uma moradora que saiu para trabalhar na roça e desapareceu na mata sem deixar vestígios e nunca mais apareceu.
A comunidade comemora no dia 27 de novembro a festa de sua padroeira, Nossa Senhora das Graças, com novenas e procissões. Na comunidade a religião evangélica também está presente.

 

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