A
origem da comunidade de Freguesia retrata basicamente
a própria história social do Bailique, pois
está, é a mais antiga desde Arquipélago.
O processo histórico de ocupação
inicia basicamente a partir de 1657, quando as aldeias
indígenas são elevadas a categorias de vilas.
Nesse período foi criado a Paróquia do Bailique
com sede na comunidade de Freguesia e como padroeira,
Nossa Senhora da Conceição. Além
dos fatos históricos, peças religiosas do
século XIX, são mantidas conservadas pela
comunidade, como por exemplo, a presença do sino
da igreja datado de 1840.
A comunidade se originou sob o regime catolicista (impulsionada
pelas missões franciscanas), a qual permanece até
hoje. O dia de Nossa Senhora da Conceição,
é extremamente comemorado pela comunidade. Novenas,
procissões e missas completam o fator religioso.
Na parte profana acontece festas, bingos e leilões,
tudo em homenagem à Santa.
Entre as lendas e mitos, contam os moradores que a comunidade
é surpreendida com assobios que vem dos fundos.
Por se tratar da comunidade mais antiga, permeiam a existência
de materiais arqueológicos pela região.
Alguns materiais da chamada arqueologia moderna/recente,
já foram encontrados: restos de pote, aguidar antigo,
candeia (tipo de iluminação usado nos séculos
anteriores, e que utilizam o óleo da andiroba para
fazer o fogo). As casas eram feitas de jussara e cobertas
com palhas.
A comunidade tem como principal renda o ramo da pesca.
A agricultura está desde o início do povoamento
(plantavam mandioca para fazer farinha, hoje ainda o fazem,
assim também com plantar outras culturas, em pequena
escala.
A dinâmica morfológica da região atua
fortemente na margem do rio, promovendo a erosão
e assoreamento na entrada da comunidade. Por um lado faz
surgir lindas praias, porém, por outro torna cada
vez mais difícil o acesso a comunidade. Hoje só
é possível entrar e sair nela com maré
alta.
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