A comunidade de Foz do Gurijuba, localizada na parte continental
do Distrito do Bailique, foi fundada há mais de
100 anos. É pequena e possui aproximadamente 30
famílias, que desenvolvem suas atividades relacionadas
principalmente à agricultura, com o cultivo de
melancia, abacaxi, cana-de-açúcar, de onde
se retira a renda. A pesca e a caça servem apenas
para o complemento alimentar. A comunidade da Foz é
considerada a maior produtora agrícola do Bailique
e o escoamento desta produção é feito
na região do Araguari e em Macapá.
Os moradores contam que os rios estão ficando mais
largos. A partir da década de 70, houve mudanças
com as águas que banham a comunidade. Antigamente
a água era salgada e o fenômeno da pororoca
constante. Essas mudanças aconteceram há
uns 20 anos aproximadamente.
A ação erosiva do rio Gurijuba vem provocando
mudanças não somente no leito principal
do rio como também na própria estrutura
da comunidade. Com o alargamento do rio e a erosão
da margem a comunidade sente-se obrigada a recuar com
suas casas, pontes e trapiche. Num relato de um morador
antigo desta comunidade, Sr. Nabor, as casas, sofreram
três mudanças de locais.
Atualmente a infra-estrutura que atende a comunidade é
provida de um telefone público e uma escola com
ensino fundamental de 1ª a 4ª séries
e o ensino modular de 5ª série. A primeira
escola construída na comunidade foi no ano de 1947.
Uma característica marcante da comunidade da Foz,
é a conservação da cultura ribeirinha,
muito presente entre eles, no comportamento e linguajar
de todos.
Na Foz do Gurijuba o padroeiro da comunidade é
Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, as comemorações
em homenagem a santa acontecem nos dias 25 de novembro
a 05 de dezembro. Outras festa também são
realizadas como Nossa Senhora do Livramento e festa de
fim de ano. Na comunidade a lendas da cobra grande e do
jacaré são as mais contadas e existem a
lenda do fogo d’água, um grande raio de fogo
que persegue as pessoas que estão no rio.
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