Governo do Amapá inicia monitoramento
de mudanças climáticas na região
de Chaves, no Pará
Projeto Omara busca reduzir impactos ambientais com auxílio de comunidades do local.
Conquista internacional é fruto de trabalho colaborativo entre as comunidades
No período de 1 a 4 de abril, o Governo do Amapá esteve em Chaves, no Pará, para realizar o treinamento de voluntários das comunidades de Arauá e Nascimento, com o objetivo de contribuir para a redução dos impactos e mudanças climáticas na foz do Rio Amazonas. As ações fazem parte do projeto Observatório Popular do Mar (Omara) e do Plano de Governo da gestão, que busca aliar a inovação ao desenvolvimento sustentável.
Durante a ação, foram realizadas oficinas de apresentação e direcionamentos para monitorar as informações geográficas do local. Além disso, em 2023, duas comunidades, Nascimento e Arapixi, receberam instruções para implantar estações de monitoramento de intrusão salina.
A pesquisadora do Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Amapá (Iepa) e coordenadora do projeto Omara, Valdenira Santos, afirma que a participação da comunidade é essencial para identificar fenômenos que terão impacto mais significativo na zona costeira amazônica, especialmente na região do Amapá, facilitando ações preventivas.
"Estamos muito satisfeitos com a receptividade e entusiasmo dos voluntários em Arauá e Chaves. Esperamos que, em breve, eles possam iniciar o monitoramento de questões ambientais importantes para a região, como erosões e processos de inundação. Deste modo, conseguimos realizar um protocolo de defesa e combate", ressalta Valdenira.
Durante a oficina, foram fornecidos materiais e instruções para o monitoramento de fenômenos importantes, como erosões e intrusões salinas. O acompanhamento das ações é crucial para entender e aliviar seus impactos, garantindo a segurança e bem-estar das comunidades costeiras amazônicas.
Observatório Popular do Mar
O Governo do Amapá recebeu a aprovação para integrar o programa Década da Ciência Oceânica para o Desenvolvimento Sustentável, da Unesco, que acontece de 2021 a 2030. O projeto Omara, do Iepa, foi selecionado para o participar das atividades.
A conquista internacional é fruto do trabalho colaborativo, que envolve pesquisadores, cientistas e a comunidade. A ação é financiada pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, e executada pelo Governo do Amapá.
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Por: Thaysa Ruane
Foto: Mickael Marques/Omara