Iepa completa 24 anos e realiza programação com palestras e show musical
Uma programação especial vai celebrar os 24 anos do Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Estado do Amapá (Iepa), nesta quinta-feira, 1º de outubro. Entre as atrações estão palestras, debates, shows de artistas locais e bolo de aniversário. O evento inicia às 8h e segue até as 22h e terá participação de Zé Miguel, Adail Junior, Thassy Amanajás e Vicente Moura.
O Instituto desenvolve estudos e pesquisas científicas, tecnológicas, econômicas, sociais e culturais, promovendo conhecimentos científicos e tecnológicos para a conservação do meio ambiente e o desenvolvimento dos recursos naturais em benefício da população amapaense.
Suas linhas de atuação englobam Centros de Pesquisas Zoobotânicas e Geológicas; de Plantas Medicinais e Produtos Naturais; de Ordenamento Territorial; de Pesquisas Aquáticas; de Pesquisas Museológicas; e Incubadora de Empresas.
Programação
Local: Auditório Waldomiro Gomes - Museu Sacaca/Iepa
MANHÃ
8:00 - Solenidade de abertura
8:40 – Palestra: Contribuição do IEPA na pesquisa científica e guarda de amostras genéticas da biodiversidade do Amapá
09:40 – Debate
10:20 – Palestra: Oportunidades de Uso e Conservação do Cerrado
11:20 - Debate
TARDE
14:30 - Oportunidades, Limitações e Inovação a Biotecnologia no Amapá
15:30 – Debate
16:10 – Transformações no Baixo Rio Araguari
17:10 – Debate
18h - Parabéns e corte do bolo, seguida de atrações musicais de Zé Miguel, Adail Júnior, Thassy Amanajás, Vicente Moura, Cássia.
Histórico
A trajetória para criação do Iepa iniciou na década de 60, com a criação do Museu Comercial, que em 1985 foi chamado de Museu Industrial, destinado a manter uma exposição permanente e elucidativa aos produtos regionais. Dirigido pelo químico paraense Waldemiro Gomes, especializado em Histologia Vegetal e Alcaloide, o lugar mantinha em seu acervo produtos de pesquisas com estanho, fibras, sementes e plantas medicinais, todas originárias da região.
Em janeiro de 1974 foi criado o Museu de História Natural Ângelo Moreira da Costa Lima, nome dado em homenagem ao mais ilustre mestre de Entomologia do Brasil, dirigido por seu idealizador Reinaldo Damasceno, que já tinha competência reconhecida pelo seu trabalho na área de Entomologia Médica, desenvolvendo trabalho com a malária.
Em maio de 1970, o Decreto nº 022/70, assinado pelo então governador Ivanhoé Gonçalves Martins, extingue o Museu Territorial e cria o Museu Histórico Científico Joaquim Caetano da Silva. No início da década de 80, o museu passa a funcionar no mesmo prédio do Museu Costa Lima, com melhores condições de trabalho para que as atividades de fitoterapia fossem incrementadas.
Com a necessidade de identificar o trabalho que o Museu desenvolvia, e o desejo de homenagear o pioneiro neste trabalho, falecido em agosto de 1981, foi criado em maio de 1988 o Museu de Plantas Medicinais Waldemiro Gomes. Assim, as pesquisas da fauna amapaense eram desenvolvidas pelo Museu Costa Lima, instalado na Rodovia Juscelino Kubistchek, no Distrito de Fazendinha, e as da flora amapaense pelo Museu Waldemiro Gomes, localizado na Avenida Feliciano Coelho, considerando a especificidade, o espaço e o acervo das coleções.
Alguns documentos demonstram que haviam discussões sobre a mudança da estrutura organizacional vigente, com propostas de maior suporte às atividades de fitoterapia e etnobotânica. Assim, em 1º de outubro de 1991, através do Decreto nº 0191, é criado o Instituto de Estudos e Pesquisas do Amapá.
Ao final de 1997, o Iepa passa por uma nova reforma administrativa, passando a sua denominação para Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Estado do Amapá. Desde 1999 está vinculado à Secretaria de Ciência e Tecnologia do Estado do Amapá.
Ariel Meira
arielvanessaap@bol.com.br
