PARCERIA FIOCRUZ, IEPA, OPAS E MS APRESENTA AVANÇOS NO CONTROLE DA MALÁRIA
Um estudo objetivando avaliar o efeito residual de seis formulações de inseticidas recomendados pela Organização Mundial de Saúde (OMS) no controle da malária está contido em um Projeto elaborado em parceria pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Estado do Amapá (Iepa), Organização Panamericana de Saúde (OPAS) e o Ministério da Saúde (MS)/Secretaria de Vigilância em Saúde(SVS)/Programa Nacional de Controle da Malária (PNCM).
O Projeto elaborado, que tem a responsabilidade sistêmica do Ministério da Saúde, prevê o controle dos mosquitos transmissores da Malária, através da avaliação do efeito residual da formulação dos inseticidas com utilização em quatro diferentes superfícies comumente usadas na construção de casas na região amazônica: alvenaria com reboco; alvenaria sem reboco; madeira pintada e madeira sem pintura. Tudo para permitir ao Programa uma escolha racional do produto a ser empregado em cada substrato, para que o controle de vetores de malária seja mais efetivo em toda a Amazônia Brasileira.
O estudo será desenvolvido no laboratório de entomologia médica do Iepa, sob supervisão técnica, observando condições reais de uso desde a aplicação do produto, para que a simulação permita um melhor entendimento sobre o tempo de ação dos inseticidas nas áreas residenciais favoráveis à transmissão de malária. Para realização dos testes serão adotados os procedimentos padronizados pela OMS.
Os mosquitos submetidos aos bioensaios, especialmente as fêmeas do gênero Anopheles criadas em laboratório, são provenientes de coleta realizadas em curral para animais de grande porte, no município de Mazagão, neste Estado.
O estudo, além de possibilitar o conhecimento do efeito residual dos produtos químicos com eficácia comprovada no controle da malária na região amazônica, vai permitir, também, a determinação dos ciclos de aplicação de cada produto e, por conseguinte, melhorar o controle da malária no Brasil.
As atividades do Projeto seguirão uma programação que iniciou hoje, 06 de outubro, às 9 horas, com a aplicação de inseticidas nas quatro superfícies a serem avaliadas.
Amanhã, 07 de outubro, a partir das 7 horas, serão realizadas as provas biológicas de paredes nas superfícies borrifadas no dia anterior com os inseticidas. As provas marcarão o encerramento dessas ações.
Participam deste importante evento de grande interesse para a saúde pública da Amazônia, os pesquisadores: doutor José Bento (Fiocruz/IOC/Laficavel); doutores Allan Kardec Ribeiro Galardo e Ana Paula Correa (Iepa) e doutor Oscar Mesones Lapouple (OPAS).
O setor de jornalismo da Fiocruz/RJ realiza a cobertura do evento nesta capital.
Graça Viana Jucá/Iepa
